
Categoria: Artigos
Data: 25/06/2025
O crescimento saudável da igreja depende sempre do ensino fiel da Palavra de Deus. Porém, há um fator muito importante. A forma com que essa igreja recebe e acolhe novas pessoas. Já foi observado que a maioria fica na igreja mais por causa de como foi acolhido, do que outros fatores. Não estou dizendo de fazer cartazes ou fazer declarações lisonjeiras públicas, nem modelar o culto para agradar a alma não convertida, muito menos evitar confrontar o pecado na pregação. Se fizermos isso, não haverá crescimento saudável. Igreja recebe visitantes todas as semanas e eles vão embora sem nenhum cuidado! Já fez a conta quanto passam na igreja por ano? Talvez deixamos ir embora por ano uma igreja de tamanho médio!
O que quero dizer com acolhimento é a consciência que todos na igreja devem ter. E isso na maneira que se apresentam, se interessam e discipulam os que visitam nossas igrejas, cultos, etc. Isso não é papel de uma equipe, ou obrigação dos líderes, mas deve ser uma mentalidade ampla. Líderes devem ser exemplares nisso para formação dessa mentalidade. Os crentes algumas vezes ficam conversando com irmãos que já conhecem há muitos anos, e visitantes ficam ‘boiando’ entre um olhar e outro.
Um personagem Bíblico de nome Barnabé dá um exemplo muito empolgante para esse tipo de mentalidade para a igreja local, em Atos 9.26,27: “E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus.”
Esse deve ser nosso esforço com as pessoas que estamos evangelizando. Levá-los a fazer parte da Igreja local, e se sentirem membros da família e não visitantes. Infelizmente algumas igrejas acabam se isolando em grupos, e não abre o leque deixando o visitante de lado (e até mesmo dentro da membresia há essa segregação demoníaca). A Igreja é um fogão de uma boca só, por isso não deve existir panelinhas. Além disso, deve ser rejeitado qualquer trabalho em torno de um grupo de ‘afinidades’. Isso não é cristianismo bíblico. Se existir grupos e identidade mais próximos, por idade, localidade, razões familiares, etc, deve ser uma convivência natural e espontânea, jamais excluindo outros.
📌 Como acolher um novo crente na família cristã local? Algumas sugestões:
• Deixe-o informado de todas as atividades da igreja.
• Convide-o insistentemente para participar de atividades sociais da igreja.
• Apresente-o, com discrição, a todos os irmãos.
• Apresente-o aos líderes da igreja – pastor, presbíteros, diáconos, líderes.
• Os irmãos devem ter iniciativa de conversar com o novo crente (mais uma vez, o fogão da igreja deve ter uma boca só, para que exista apenas uma panela... ‘quem lê entenda!’).
• Passe o contato dele para outros irmãos, para que periodicamente fale com ele e o anime na caminhada cristã.
• Fale dos trabalho que ele pode e deve participar – sociedades, Grupos, EBD, etc.
• A medida que a amizade aumentar, convide-o para um momento ‘social’ junto com outros irmãos maduros, para que linguagem, hábitos e atitudes cristãs sejam percebidas por ele.
• Ajude ele entender que a igreja é uma mescla de pessoas - convertidas e não convertidas (I Co 5; Tg 4; Ap 2,3), maduras espiritualmente e imaturas (Hb 5.11-14; Tg 3.1,2).
• Peça oração e ore por ele sempre.